FLORESTA TUCUJU


"As árvores dominam o tempo, os animais o espaço.."

Francis Hallé

domingo, 26 de janeiro de 2014



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A importância das grandes árvores
Um artigo publicado na revista Nature (leia aqui, em inglês), uma das mais prestigiadas publicações do meio acadêmico, demonstrou que árvores grandes e maduras têm um importante papel para ajudar a regular a quantidade de gases do efeito estufa na atmosfera.
Até agora pensava-se que só as jovens florestas capturavam carbono da atmosfera, durante seu crescimento, enquanto as mais antigas, chamadas de florestas primárias, apenas armazenavam esse carbono. No entanto, vários estudos recentes têm demonstrado que as florestas primárias intactas também captam o carbono da atmosfera.
Os pesquisadores descobriram que a absorção de carbono das árvores aumenta continuamente com o seu tamanho, porque a área total da folha aumenta à medida que ela cresce. Isso permite que as árvores mais antigas e de maiores dimensões absorvam mais carbono da atmosfera.
Os autores do estudo advertem, no entanto, que as florestas têm dinâmicas complexas: árvores de grande porte estão sujeitas a taxas de mortalidade mais elevadas do que as árvores mais novas; e o número de árvores em uma determinada área pode ser maior em uma floresta jovem. Ainda assim, fica evidente que as grandes árvores antigas são muito importantes, não só para a biodiversidade, mas também para a absorção e o armazenamento de carbono.
O duplo golpe do desmatamento
As florestas, além de serem ricas em biodiversidade e fornecerem serviços essenciais para o ecossistema, armazenam aproximadamente 300 bilhões de toneladas de carbono – cerca de 30 vezes o montante anual de emissões causadas pela queima de combustíveis fosseis. O problema é que, quando elas são degradadas ou destruídas, esse carbono é liberado na atmosfera. Para piorar, grande parte do desmatamento ocorre em florestas primárias, que contém essas árvores mais antigas. 
Portanto, esse novo estudo evidencia o duplo golpe que o desmatamento causa para as florestas: ele não só libera carbono na atmosfera, contribuindo para os efeitos de mudança climática, como também remove uma superfície capaz de absorver as emissões de carbono da humanidade. Daí a importância de lutar para acabar com a destruição de nossas florestas.
Greenpeace Brasil

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Viveiro comunitário na comunidade do Arraiol, distrito do Bailique.


http://www.ief.ap.gov.br/system/pictures/399/medium/capa20131216_083431.jpg?1009878641
O espaço tem capacidade para produzir até 20  mil mudas por ano  e a comunidade está em processo de cadastramento como produtora de mudas no Registro Nacional de Sementes e Mudas(Renasem). Durante os primeiros meses de criação, o viveiro já produziu cerca de 10 mil mudas.

A Lei nº 10.711 instituiu o Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), obrigatório para pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades na produção, beneficiamento, embalagem, armazenamento, análise, comércio, importação e exportação de sementes e mudas.

O Registro Nacional de Cultivares (RNC) tem por finalidade habilitar previamente cultivares para a produção e a comercialização de sementes e mudas no País.

O espaço é administrado pela associação de produtores da comunidade(AMPCAB) e o IEF esteve em processo de diálogo para a alteração do estatuto. Permitindo assim, que os representantes da associação pudessem acessar o Renasem. A alteração do estatuto aconteceu no mês de novembro, sob orientação da equipe de técnicos do IEF.

Representantes do escritório regional do IEF no Bailique, responsáveis pelas atividades no distrito, estiveram em visita ao viveiro no mês de dezembro.  Durante a visita, foram definidas as espécies que serão produzidas no espaço. 

O viveiro produzirá em 2014,entre as plantas  frutíferas: Graviola, Banana,  Limão , Côco, e Laranja.  Entre as mudas florestais madeireiras: Ucuuba. cedro, Pau mulato, etc) e entre plantas não madeireiras: Açaí , Andiroba e Copaiba. Além de plantas ornamentais em geral.

São 16 famílias envolvidas diretamente no viveiro e entre as  10mil mudas já produzidas em 2013,estão pés de limão e graviola, sendo a grande  maioria de Açaí.( tipo branco, chumbinho e temporão).

Os produtores estão usando como substrato para produzir as mudas, a  terra preta, e o composto orgânico feito a partir de materiais existentes na comunidade como:   esterco de gado, madeira em decomposição(podre) e caroço de açai em decomposição.

Nessa primeira etapa de produção do viveiro, todas as mudas serão utilizadas para abastecer a própria comunidade e o PNAE. (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Após a legalização junto ao Renasem, os produtores poderão comercializar a produção.

Fonte:  ief.ap.gov.br